Copa América 2024: Domínio Argentino e resiliência Canadense

Análise aos padrões e rede de passes

Num jogo que opôs a candidata e atual campeã da copa América e do mundo Argentina contra uma das surpresas deste torneio, o Canadá, a Argentina venceu e reforçou o estatuto de favorita à revalidação do título.

A Argentina é composta por um coletivo completo e tecnicamente forte, sustentado por várias individualidades que marcam a diferença em meio campo, tais como Enzo, De Paul, e no ataque os inevitáveis Messi e Di Maria. A preponderância que os dois centrais e os três médios apresentam na circulação de bola da Argentina é bastante notória (principalmente de Enzo Fernandez) algo representado no mapa de passes da seleção Argentina.

Domínio Argentino e resiliência Canadense
Análise aos padrões e rede de passes

O Canadá, talvez uma presença pouco esperada na final, fez um jogo modesto, mas esforçado, procurando saídas a espaços e em ataque rápido, criando também algumas várias oportunidades de finalização, embora sem a arte e o engenho para obter golo. A escolha do sistema de jogo em 1x4x4x2, com apenas dois médios causou algum desequilibro em setor intermedio, quando comparamos as capacidades de cada equipa naquele espaço. Ainda assim os dois médios (Stephen Eustaquio e Ismael Kone) apresentaram um papel muito ativo no jogo, sendo o principal ponto de referência para as saídas de bola curta da equipa.

Domínio Argentino e resiliência Canadense
Análise dos padrões de passes

O top-3 de ligações mais frequentes na Argentina, foi entre os elementos defensivos, tal como apresentado na seguinte figura.

O top-3 de ligações do Canadá, remete para uma repetição de saída de bola pelo lado direito, com a ligação defensa central direito e lateral direito, assim como entre a dupla de médios.

Domínio Argentino e resiliência Canadense
Atletas em destaque

Individualizando Cristian Romero, central forte na primeira fase de construção foi o jogador Argentino com mais passes tentados e certos, apresentando uma eficácia de 87% de eficácia. No lado de Canadá, o maior destaque foi Ismael Koné, recém-contrato pelo Marselha, tem-se destaco nesta Copa América e promete ser um jogador a acompanhar na estreia de De Zerbi no clube francês. Koné revelou-se como a maior figura na construção de ataques pelo lado canadiano, tendo apresentado 91% de eficácia de passe.

Domínio Argentino e resiliência Canadense
Killer Pass

A Argentina facilmente conseguia levar a bola a zonas entre a defesa e médios e ficar em superioridade numérica. A mobilidade de Messi, a segurança de Enzo e a criatividade de De Paul, fizeram a diferença no jogo. Enzo Fernandez foi simultaneamente, o jogador com maior efetivada entre quantidade/qualidade de passes e o jogador com mais “Killer Passes”, ou seja, passes que contribuem significativamente para o desenvolvimento da fase ofensiva da equipa e que quebram pelo menos uma linha de pressão adversária. O lateral direito Alistair Johnston foi o jogador do Canadá com maior preponderância nesta métrica.

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Mapa de passes dos dois jogadores mais influentes

Como já foi sendo destacado tanto Enzo Fernandes e Koné foram os jogadores de cada seleção que mais contribuíram para fluir o jogo de ambas as equipas, ambos com várias ações com bola e passes efetuados, com uma taxa de acerto acima dos 90%. Como se pode ver no mapa representado ao lado, o Enzo teve a maioria dos passes efetuados no seu meio campo, jogando muito com os defesas da Argentina na construção. Já o Koné teve ações pelo campo todo demonstrando os dois estilos diferentes de ambas as seleções.

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Relatório preparado pelos alunos do Sports Data Campus: André BorgesJoaquim Rito y Pedro Pinto

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