Euro 2024: Portugal Vs. França: Análise Setor Defensivo: Total Passes Completos vs Passes Progressivos
CE – W. Saliba vs Pepe

Figura 1 – Passes Completos vs Progressivos (W. Saliba vs Pepe)
Pepe demonstrou uma maior participação na posse e distribuição de bola. Realizou um total de 133 passes completos, significativamente o dobro dos passes do Saliba (42 passes).
Pepe não se destacou apenas no volume com posse de bola, mas também na progressão da sua equipa no terreno de jogo, uma vez que apresenta uma percentagem ligeiramente superior de passes progressivos (76%) em comparação com Saliba (71%).
DCD – D. Upamecano vs Rúben Dias

Figura 2 – Passes Completos vs Progressivos (D. Upamecano vs Rúben Dias)
Ambos têm uma tendência similar no que diz respeito à progressão no terreno de jogo, pois apresentam uma alta percentagem de passes progressivos (Rúben Dias 69% vs Upamecano 67%).
Contudo, devido ao maior n.º de passes efetuados pelo português, Rúben Dias contribuiu mais vezes para a progressão da bola em campo.
A alta percentagem de passes progressivos por parte dos defesas centrais de ambas as equipas permitem perceber que ambas usaram os seus centrais para avançar no terreno de jogo. No entanto, a defesa de Portugal, especialmente com Pepe, foi mais eficaz em termos de volume e progressão, contribuindo para um maior volume ofensivo a partir de trás.
DD – J. Koundé vs J. Cancelo

Figura 4 – Passes Completos vs Progressivos (J. Koundé vs J. Cancelo)
Contudo, ambos os jogadores têm percentagens de passes progressivos relativamente baixas (Cancelo 41% vs Koundé 36%).
Deste modo, percebemos que ambos os laterais foram mais conservadores, possivelmente devido à pressão da equipa adversária.
DE – T. Hernández vs Nuno Mendes

Figura 5 – Passes Completos vs Progressivos (T. Hernández vs Nuno Mendes)
No que diz respeito à progressão e manutenção da posse de bola, ambos os jogadores mostraram ter um perfil muito idêntico, com percentagens muito semelhantes no que diz respeito a passes progressivos e regressivos.
Os laterais de ambas as equipas, especialmente Koundé e Hernandez, tiveram percentagens relativamente altas de passes regressivos, demonstrando uma abordagem mais cautelosa que pode ter sido também influenciada pela pressão adversária. Nuno Mendes teve um papel muito ativo na construção de jogo, refletido pelo número alto de passes completos.
Conclusões
A defesa de Portugal, em particular através dos defesas centrais, mostrou uma maior influência na posse de bola e na progressão do jogo, com Pepe a destacar-se com maior expressividade ao nível de passes completos e progressivos perante Rúben Dias. Relativamente aos laterais, especialmente Nuno Mendes, também teve um papel significativo e com maior volume na participação do jogo ao nível de passes comparativamente com Cancelo.
A defesa francesa, com menos passes completos, mas com uma abordagem similar em termos de percentagem de passes progressivos, indicou um estilo mais direto e menos dependente da construção desde a defesa.
Deste modo, identificámos uma tendência por parte da seleção portuguesa a sair a jogar através dos centrais e a derivar o jogo para o corredor esquerdo (Nuno Mendes), ao invés da França que mostrou ter uma tendência mais homogénea na saída de jogo, com todos os seus defesas a terem um número de passes idênticos.
Estas conclusões e tendências, podem refletir as estratégias dos treinadores e as dinâmicas do jogo específico entre Portugal e França.
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